Em 05/11/2018

Clipping – G1 - Disputa judicial dificulta preservação de casarão tombado em Blumenau (SC)


Parte do telhado caiu, paredes estão rachadas e defesa civil teme que imóveis vizinhos sejam colocados em risco


Um casarão de Blumenau tombado como patrimônio de Santa Catarina está abandonado e ameaça a estrutura de prédios vizinhos. O proprietário do imóvel tenta provar na Justiça que o local está em ruínas e não há como restaurá-lo. A defesa civil do município fez recomendações emergenciais para dar segurança aos imóveis próximos.
 
No casarão azul, que fica na Rua XV de Novembro, no Centro, parte do telhado caiu e as paredes estão rachadas. O prédio foi tomabdo pelo estado nos anos 2000 e há 12 anos o proprietário tenta reverter a situação.
 
"No curso desse processo se constatou, através, inclusive, de laudo pericial produzido no âmbito judicial, que o imóvel não seria restaurável, dado o seu estado construtivo de uma verdadeira ruína", disse Evaristo Kuhnen, advogado do dono imóvel.
 
Enquanto a sentença não sai, a construção vai se deteriorando e afetando o prédio vizinho, onde funciona o Museu de Hábitos e Costumes, que abriga relíquias doadas por moradores de Blumenau.
 
O acervo tem sete mil peças distribuídas em três andares. Para evitar um possível dano, a administração do museu retirou todos os documentos que estavam expostos próximo a uma parede que faz divisa com o casarão, pois a umidade já danificou a tinta e até o chão cedeu.
 
A defesa civil do município analisou a construção abandonada e recomendou três ações emergenciais:
 
"Criar alguma estrutura para evitar o colapso da edificação, porque criando o colapso pode haver algum dano às edificações lindeiras. O segundo é criar ou refazer o telhado próximo às edificações lindeiras para evitar que haja infiltração de água e promova a umidade que está ocorrendo. E a terceira: criar alguma forma de proteção da fachada dianteira", disse o secretário de Defesa do Cidadão Carlos Menestrina.
O laudo foi entregue à procuradoria do município que deve decidir nos próximos dias o que vai fazer. Entre as possibilidades estão a solicitação à Justiça de que o responsável assuma os reparos ou faça o ressarcimento dos gastos da prefeitura na manutenção do prédio, mas não existe prazo para qualquer resposta.
 
Fonte: G1
 


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