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FOLHA ONLINE
Governo amplia recursos para a compra da casa própria
ANA PAULA RIBEIRO
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online
O CMN (Conselho Monetário Nacional) ampliou mais uma vez o volume de recursos disponíveis para o financiamento de imóveis habitacionais. No segundo semestre deste ano, os bancos deverão disponibilizar 50% a mais sobre o que foi ofertado no mesmo período do ano passado. Com isso, o crédito disponível passará de R$ 1,684 bilhão para R$ 2,526 bilhões.
No ano, o total de recursos será ampliado em mais de R$ 1,5 bilhão chegando a R$ 4,526 bilhão. No primeiro semestre, segundo o Banco Central, os créditos para habitação totalizaram R$ 2 bilhões.
A regra de ampliação dos recursos é uma alternativa à legislação que obriga os bancos a destinarem 65% dos depósitos em cadernetas de poupança a financiamentos imobiliários, com taxa de juros limitada a 12% ao ano. Os recursos não utilizados para esse fim devem ser recolhidos compulsoriamente ao BC, onde terão uma remuneração de 80% da TR.
Desde janeiro, o CMN flexibiliza o cumprimento desse recolhimento. No entanto, é necessário que as instituições financeiras ampliem o volume de recursos em relação ao ano passado. No primeiro trimestre, o aumento foi de 30% sobre o mesmo período do ano passado. Já no segundo trimestre essa obrigação passou para 45%. A regra de 50% valerá para todo o segundo semestre.
Segundo o diretor de Normas do BC, Sergio Darcy, a intenção do governo no próximo ano é retomar à regra antiga.
Fator multiplicador
Desde janeiro o governo criou também um fator multiplicador para estimular taxas de juros menores nos financiamentos imobiliários. O objetivo é reduzir o total de compulsório das instituições financeiras.
Esse fator varia de 1 a 3. Quanto menor o valor do financiamento e da taxa de juros --limitada a 12% ao ano--, maior será o fator. Funciona da seguinte forma: a instituição financeira irá multiplicar o valor do financiamento imobiliário pelo número do fator. A diferença entre o resultado e o valor efetivo do financiamento não precisará ser recolhida ao BC.
O valor do financiamento varia de R$ 60 mil a R$ 150 mil e a taxa de juros vai de 9% a 12% ao ano. O contrato tem duração de até 15 anos.
Agora, o CMN permite que a taxa menor seja aplicada por um período mínimo de 36 meses. Após esse período, fixado em contrato, a instituição pode passar a cobrar 12% ao ano.
De acordo com Darcy, isso foi necessário porque as instituições financeiras não querem ficar presas ao fator multiplicador por um período tão longo. Isso porque esse fator é baseado na taxa Selic. Por essa razão, segundo o diretor, esse tipo de contrato não estava sendo oferecido pelas instituições financeiras. Com a mudança, o governo espera que bancos passem a estimular o financiamento de imóveis de menor valor.
(Folha Online , 28/7/2005 - 18h41).
SITE COMUNIQUE-SE
Financiamento imobiliário cresce 54,9% no primeiro semestre
Balanço semestral positivo do crédito imobiliário
Continuou forte o crescimento do crédito imobiliário no trimestre passado, embora em ritmo ligeiramente menor que o do primeiro trimestre. As perspectivas são favoráveis para a atividade imobiliária e a evolução dos financiamentos.
O balanço do primeiro semestre de 2005 confirmou a tendência de retomada das operações de crédito imobiliário, cujo montante atingiu R$ 2,038 bilhões, com crescimento de 54,9% em relação ao R$ 1,315 bilhão realizado no mesmo período do ano passado. O avanço também foi expressivo quando se comparam os segundos trimestres de 2004 e de 2005, atingindo 48,5%, sem os sintomas de euforia que caracterizaram o primeiro trimestre deste ano, em que as operações de R$ 904,3 milhões haviam evoluído nada menos de 63,7% sobre as de R$ 552,5 milhões, no mesmo período de 2004.
A decomposição dos números leva a novas conclusões sobre as tendências, revelando mudanças de comportamento dos agentes econômicos. Houve elevação de 85,2% do crédito destinado à construção, contra 29,7% da aquisição de unidades, indicando que os incorporadores, que receberam cerca de 55% do volume de recursos alocado pelos agentes do SBPE no primeiro semestre, estão mais ativos do que os mutuários. Cresceu 8,9%, o número de unidades financiadas no primeiro semestre de 2005, comparativamente ao mesmo período de 2004, indicando que aumentou o valor médio dos créditos.
Os dados mostram que a indústria da construção está disposta a investir aproveitando o crédito crescente proporcionado pelos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O setor imobiliário, ademais, ainda não reagiu favoravelmente à MP 252, que desonera as transações com imóveis usados, tendo em vista as operações de financiamento para aquisição não terem apresentado crescimento expressivo.
O crédito imobiliário requer condições econômicas favoráveis, para permitir o alargamento da base de mutuários e, de preferência, dar ênfase às habitações destinadas às classes de renda mais baixa, oneradas pela lenta absorção de mão-de-obra e renda insatisfatória, cuja oferta continua a ser deficiente.
Décio Tenerello
Presidente da Abecip
(Site Comunique-se , 25/7/2005).
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