AGU: 5 mil nascentes e 40 mil hectares de Áreas de Proteção serão recuperados na região do Rio Doce
O principal objetivo do acordo foi possibilitar que as ações de recuperação da bacia e de reparação dos atingidos pelo rompimento da barragem sejam implantadas imediatamente
Recuperar cinco mil nascentes e 40 mil hectares de áreas de proteção permanentes degradadas na região do Rio Doce. Estes são apenas dois dos 17 programas socioambientais que Samarco, Vale e BHP se comprometeram a executar em acordo assinado, no dia 2/3, com a Advocacia-Geral da União (AGU) e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
O principal objetivo do acordo foi possibilitar que as ações de recuperação da bacia e de reparação dos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), comecem a ser implantadas imediatamente. Foi levado em consideração que muitos dos danos ambientais causados pelo desastre se tornariam irreversíveis se as medidas de recuperação só fossem adotadas após o desfecho de uma batalha judicial que poderia se arrastar por anos.
O texto assinado prevê que pelo menos R$ 1,1 bilhão sejam destinados para a recuperação das Áreas de Proteção Permanentes localizadas na região do Rio Doce. A prioridade é revitalizar os rios que funcionam como fonte de abastecimento de água para os municípios atingidos.
Foi acertado que nos próximos dez anos serão pelo menos dez mil hectares recuperados por meio de reflorestamento e 30 mil por meio de regeneração natural. Para estimular o processo, as mineradoras deverão implantar projetos de produção de sementes e de mudas de espécies nativas da região.
Já as nascentes que deverão ser recuperadas serão definidas pelo Comitê de Bacia Hidrográfica do Doce. O acordo prevê que sejam revitalizadas 500 nascentes por ano durante os próximos dez anos.
As empresas também se comprometeram a implantar diversas outras medidas (confira a lista completa no infográfico), incluindo o manejo dos rejeitos da barragem, a recuperação da fauna aquática da bacia e o monitoramento da qualidade da água do Rio Doce.
Fonte: AGU
Em 3.3.2016
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