Avançam estudos técnicos para implantação do Polo Naval do Amazonas
O projeto, que será implantado às margens do Rio Amazonas, avança para a fase de regularização fundiária e licenciamento ambiental
Uma aposta do Governo do Estado para a estruturação de uma nova matriz de negócios, o projeto do Polo Naval do Amazonas avança para a fase de regularização fundiária e licenciamento ambiental. Ainda este ano, o grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan) espera dispor do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA/RIMA), encerrando a etapa de levantamento técnico do projeto.
O novo distrito naval do Amazonas será implantado às margens do Rio Amazonas, após o Rio Puraquequara, no eixo das comunidades conhecidas como lago do Jacinto e Lago Guajará e deve gerar, na primeira etapa, cerca de 20 mil empregos diretos e movimentar negócios de aproximadamente R$ 1 bilhão, com a construção de barcos esportivos e de luxo, lazer, turismo, além de flutuantes, balsas e pequenos embarcações.
De acordo com as linhas do projeto, a primeira etapa do Polo Naval abrigará dois grandes estaleiros, 6 médios estaleiros, e mais 60 estaleiros de pequeno porte que serão construídos no período de até três anos.
A segunda etapa do Polo Naval deve ser implantada no período de até 10 anos, em uma área de 63,47 quilômetros quadrados. A previsão é de geração de 30 mil empregos diretos. Neste distrito serão construídos um grande estaleiro, cinco estaleiros médios e 80 pequenos estaleiros para reparos, náuticas e demais empresas da cadeia produtiva naval.
A infraestrutura do Polo Naval contará com sistema de transporte e acesso viário; portos; terminais; energia fornecida pelo Linhão de Tucuruí; aeroporto de carga e descarga; e mineroduto. A Cidade Polo, por meio do Projeto Minha Casa, Minha Vida, vai dispor de serviços de saúde, segurança, comércio local e lazer.
A implantação do Polo Naval do Amazonas é uma parceria entre o Governo do Amazonas, Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Sebrae, sindicatos de empresas e trabalhadores do setor náutico e naval, e instituições de fomento, pesquisa e desenvolvimento.
Qualificação e regularização
A implantação do Polo Naval vem demandando intervenções em diversas frentes de trabalho. Em outubro de 2012, Seplan e Sebrae lançaram uma campanha voltada para a formalização dos pequenos empresários do setor naval. O programa visa capacitar as empresas do setor para atender as demandas do novo distrito, mas precisamente as encomendas de embarcações para a renovação da frota do Comando Militar da Amazônia (CMA).
De início foram regularizadas cerca de 60 empresas, mas a expectativa é que todas as 200 empresas que integram o segmento sejam assistidas pelo programa de formalização, compreendendo as exigências da legislação sobretudo junto aos órgãos de proteção ambientais.
A iniciativa teve como objetivo mobilizar os empreendedores do Polo Naval quanto a necessidade de aperfeiçoar a prestação de serviços. Para atender a demanda de qualificação do novo mercado, uma mão-de-obra projetada em 50 mil trabalhadores nos próximos 5 anos na indústria naval local, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) abriu turma este ano para o novo curso de Engenharia Naval.
Articulações
A campanha de promoção do distrito naval do Amazonas vem sendo intensificada pelo Governo do Estado nos últimos dois anos no eixo nacional e internacional. Em 2012, uma missão de técnicos da Seplan manteve entendimentos com os executivos da Imperial Holding, que opera o Duisburg (Alemanha), maior porto fluvial do mundo. Em agosto do ano passado, representantes da secretaria estiveram presentes na Navalshore 2012, ocasião em que mantiveram contatos com a Gefico, importante grupo espanhol do setor naval, além de participação em reunião com operadores e representantes do Exército.
Fonte: Seplan
Em 24.5.2013
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