Em 16/11/2021

Caixa Econômica Federal investe em preservação ambiental e habitação popular


Por meio dela, o Governo Federal pretende que, pelo menos, 1 milhão de pessoas tenham acesso à moradia digna.


Caixa Econômica Federal investe em preservação ambiental e habitação popular

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, fala sobre os programas do banco, aliados ao Governo Federal - Foto: Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal é um dos principais agentes das políticas públicas do Governo Federal. Por meio dela, o Governo atua gerando moradia e oportunidades para a população brasileira, seja nas áreas urbanas ou rurais, sobretudo àquelas em áreas de risco e vulnerabilidade. É uma forma de proporcionar dignidade e mais qualidade de vida para os brasileiros. 

Com o programa Casa Verde e Amarela, a Caixa opera em 100% dos financiamentos de habitação popular para baixa renda. O programa do Governo Federal pretende que, pelo menos, 1 milhão de pessoas que estavam fora do sistema de financiamento habitacional possam ter acesso a ele, totalizando 1,6 milhão de famílias de baixa renda beneficiadas com contratos de crédito imobiliário até 2024.

Além disso, a Caixa também atua com ações de sustentabilidade. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, fala sobre a contribuição da Caixa para a preservação ambiental e, além disso, sobre os programas do banco, aliado ao Governo Federal, na área de habitação popular e no agro.

A Caixa tem inúmeras funções, e uma das funções que agora está vindo à tona é a questão ambiental, porque essa preocupação com o meio ambiente também?

Uma excelente pergunta. De fato, são 150 bilhões de reais, de várias maneiras, por exemplo, na parte de habitação popular. Porque quando nós financiamos uma habitação popular e temos 100% desse mercado, essas pessoas, elas saem normalmente de zonas de risco, sejam encostas de morro, na parte das margens dos rios, e têm uma habitação digna. Então isso é um investimento muito importante. Também temos em saneamento básico, na parte de infraestrutura, agora anunciamos recentemente placas solares, que é fundamental em especial no interior do Brasil e, por exemplo, para piscicultura. Então é muito importante porque é uma demanda clara, é a compra de geladeiras para você poder resfriar o peixe, o pescado, só que como é que você poderia fazer a utilização? Não tem tomada pra ligar em muitos locais. Então, quando nós fazemos a questão das placas solares, a gente dá a possibilidade desses pecadores de terem um aumento de renda muito grande. 

E ainda tem outro ponto muito importante, nós estamos financiando, na verdade patrocinando, a plantação de 10 milhões de árvores frutíferas e das regiões, já assinamos, de fato, ao redor de 3 milhões e vamos proteger 3,5 milhões de hectares, mais do que vários países do mundo inteiro.

Esse é o Caixa Floresta, mas antes eu queria falar de outro programa que a Caixa lançou no começo de novembro, que é o Caixa Energia Renovável. Como ele vai funcionar?

Em especial pra essa parte de placas solares nós estimamos ter 1,5 milhão de pessoas que tenham esta demanda. Começa a partir de 1,17% ao mês e começa na primeira semana de dezembro. Então nós começamos agora em dezembro a poder emprestar e é uma revolução. Por que é uma revolução? Porque é uma demanda nacional e nós vamos fazer pelo celular. Ou seja, a gente consegue fazer esse crédito pelo aplicativo do Caixa Tem, além das agências e isso é muito importante, porque nós temos 109 milhões de contas digitais, pelo aplicativo Caixa Tem, que foram consequência de todos os pagamentos sociais, como o do auxílio emergencial. Então nós estamos utilizando esta possibilidade que oito entre cada dez adultos no Brasil tem, uma conta de graça pelo celular para realizar vários tipos de empréstimos e esse agora, da parte de renováveis em especial das placas solares, que era uma demanda muito grande que nós recebemos e virá de novo de uma maneira fácil e ágil.

Para pessoas físicas.

Sim, o foco são as pessoas físicas, mas temos também para pessoa jurídica, agora essa das pessoas físicas há uma taxa muito baixa, ela tem na verdade seis meses de carência, então 60 meses, são cinco anos no total. Então qual é a vantagem? É que nesses primeiros seis meses de carência, normalmente para quem já consome uma poupança suficiente só com a economia que você tem de energia elétrica, nesses seis meses você já consegue ter um ganho de renda, então nós estimamos uma perda muito baixa, ou seja, uma inadimplência muito baixa e por isso que nós colocamos basicamente a menor taxa de crédito que a Caixa tem hoje nessa parte de energia solar.

E o Caixa Floresta que o senhor comentou, quatro projetos já foram selecionados.

Sim. Nós visitamos 115 florestas e parques pelo Brasil inteiro, mil pessoas da Caixa estiveram em vários eventos, isso é fundamental para que nós conheçamos de perto. Então o que aconteceu? Em todos os biomas, todos os estados, nós selecionamos quatro, existem mais três em vias de ser assinado que vão totalizar aproximadamente 4 milhões de árvores a serem plantadas, 5 mil nascentes a serem recuperadas e 4 milhões de pessoas sendo beneficiadas. Porque quando nós estamos mantendo a floresta ou as nascentes, a população que vive no entorno se beneficia diretamente, mas aí tem um ponto importante, a sua pergunta é muito relevante, não adianta só, na minha opinião, fazer o replantio, se nós não apoiarmos a comunidade local, ou seja, se não tiver um microcrédito, algum tipo de crédito que fomente a economia local vai haver certamente desmatamento de novo e é essa a diferença. 

Eu pessoalmente estive em 12 florestas e parques onde 300 mil hectares, nesta floresta que fica no Pará, havia muito desmatamento. Por quê? Porque a comunidade não tinha nenhuma fonte de renda, ela vai derrubar as árvores, claramente, porque é a sobrevivência, isso é muito importante também nessa parte de energia solar, por quê? Você tem a possibilidade de colher frutas ou frutos, e, por exemplo, em frutas, ao invés de chegar e vender a fruta, você pode fazer suco, você pode fazer pastas e com a energia solar você consegue resfriar, isso nós vimos como um problema. De novo, quem nos falou foram as comunidades, elas falaram, nós pegamos os frutos e as frutas, só que nós temos que vender rápido, se não estraga, por que aqui no meio, como é que a gente vai resfriar? Com as placas solares você consegue financiar um refrigerador, um freezer e aí você consegue de fato fazer a venda. Então, pra sumarizar, nós financiamos o plantio, 10 milhões de árvores em cinco anos, mas já vamos começar com 4 milhões em seis meses pra começar o plantio e, ao mesmo tempo, o microcrédito.

A gente pode dizer que toda a experiência adquirida com o Auxílio Emergencial no ano passado, e nesse ano, deixou a Caixa ainda mais social, mais relevante para a população brasileira?

Sem dúvida nenhuma. Antes de nós chegarmos existia muita discussão pelos problemas que a Caixa teve de governança. Durante dez anos, o balanço da Caixa, do FGTS, que é o dinheiro dos trabalhadores, e do FI-FGTS, e a ressalva nos balanços, ou seja, os balanços não eram confiáveis. Nesta gestão, do Presidente Bolsonaro, nós resolvemos isso pela primeira vez em dez anos. O que significa quando nós estamos conversando sobre isso? Que você tem governança. 

Eu diria o seguinte, a Caixa sempre foi um banco social, mas ela não era gerida de maneira única. Com o Presidente Bolsonaro e o ministro [da Economia] Paulo Guedes, eu sempre tive independência e pude escolher as pessoas por mérito técnico. Qual a consequência disso? Lucro recorde, as menores taxas de juros do mercado, crédito para as micro e pequenas empresas, ao invés das grandes empresas, investimento. Então, para a população, na minha opinião, eu só ouço elogios porque a gente não tem corrupção nesse caso, não existe corrupção nesse governo, na Caixa Econômica Federal não há nada, e acontecia isso de discussões do passado, nós temos um lucro que é reinvestido na população, nós financiamos as pessoas mais carentes, o microcrédito, as micro e pequenas empresas e o dinheiro de patrocínio vai primordialmente pra quem mais precisa e para o meio ambiente. Então, nós vemos a Caixa reconhecida do lado social e reconhecida em financiar quem mais precisa ao invés das grandes empresas que não deveriam ter o apoio da Caixa. 

A Caixa detém 70% do mercado imobiliário brasileiro e, se considerar moradia popular, 100% com o programa Casa Verde e Amarela, do Governo Federal, e financia também o saneamento básico no país. Queria que o senhor falasse sobre essas duas questões que são centrais na Caixa.

São. A parte habitacional quando nós assumimos, a Caixa estava em quarto lugar naquele crédito para classe média de renda que é financiado por poupança exatamente por uma questão de falta de patrimônio, de base de capital, um pouco mais técnico, mas significava o seguinte, não estava forte o suficiente. Nós revertemos isso, em dois meses já passamos a liderança. Hoje, nesta parte, temos ao redor de 40% de mercado e na parte do financiamento, a questão popular, Casa Verde e Amarela, é 100%. Então, foco: habitação. Não só a parte de baixa renda, que é total, mas também da média renda, na alta renda a gente tem menos de 1% de mercado. Saneamento e infraestrutura, foco total. A Caixa é o banco que tem a maior carteira de crédito efetivo, exposição à infraestrutura e saneamento.

São recursos do FGTS.

Não necessariamente. Também recursos do FGTS, mas nós temos recursos próprios, além disso, existe muito recurso para estados, em especial municípios e estatais estaduais. Então quando você pega as estatais de energia elétrica e saneamento, 60%, 70% do crédito delas, das obras delas, pelo Brasil são financiadas com recursos da Caixa Econômica Federal. Temos tanto do FGTS quanto de recursos próprios ao redor de 10 bilhões de reais. Nenhum banco tem esse total de crédito direto, ou seja, com exposição própria. Então, habitação, saneamento e infraestrutura são fundamentais. 

Além disso, nós estamos crescendo no agro. Já crescemos seis vezes do ano passado para esse ano, em especial na baixa renda, que chama Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], e média renda, em especial estocagem, silos, a parte de irrigação que são questões fundamentais para a melhoria do tempo de estocagem. Ou seja, o que acontece? Quando você não tem um silo, logo que você colhe você tem que vender, então isso faz uma pressão nos preços que gera volatilidade, ou seja, quando você está colhendo, pressão de baixa, quando você não está colhendo, pressão de alta. Quando você tem um silo, um armazém, você pode vender de acordo com o preço, isso normaliza, além disso, ajuda nas estradas, porque você não tem aquela concentração de caminhões na hora específica da colheita. 

Na parte de irrigação é fundamental porque você fazer, por exemplo, com que pecuária extensiva, pastos, possam vir a ser cultivo de soja, de milho, de feijão, então isso, mesmo em locais que não tenham tanta chuva têm uma melhora muito grande. Ou seja, a Caixa vai entrar, já entrou forte no agro, na baixa renda e naqueles projetos de infraestrutura transformacionais, não vamos focar nos grandes empresários que, de novo, não precisam da Caixa.

Fonte: Governo do Brasil.



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