Em 31/07/2018
Clipping – Gazeta do Povo - “Inflação do aluguel” sobe no dobro da média e pode pressionar reajuste
IGP-M registra acumulado de 8,24% nos últimos 12 meses, dobro da inflação mais geral no período, medida pelo IPCA
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou, na manhã desta segunda-feira (30.07), dados do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Conhecido como a “inflação do aluguel” — o índice é utilizado como referência na negociação de novos contratos — o IGP-M registrou alta de 0,51%, acumulando um saldo de 8,24% nos últimos 12 meses, ritmo duas vezes maior do que o da inflação no período.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) registra uma média de 4,11% para este ano. A projeção do Relatório Mercado Focus, também divulgado nesta segunda-feira, é de que a inflação feche o ano de 2018 na casa de 4,5%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%).
O crescimento do IGP-M acima da média pode pressionar o mercado de aluguéis, já que o índice é tradicionalmente utilizado como referência na negociação para renovação de contratos já existentes.
Mas a relação entre índice e alta não é direta. Na cidade de São Paulo, maior mercado do país, o preço médio da locação residencial caiu nos últimos cinco meses, na contramão da alta do IGP-M, segundo dados do Secovi-SP (sindicato da habitação). Em junho, por exemplo, quando o IGP-M registrou alta acumulada de 6,9% (em 12 meses), o reajuste do aluguel residencial somou -0,6%, em São Paulo.
Isto porque o mercado de locações ainda sofre com o impacto da crise, que alavancou o número de imóveis vazios, o que pressionou os proprietários por uma redução de preços. Há três anos, aliás, o movimento era contrário: “o IGP-M estava lá embaixo e o mercado de aluguéis lá em cima”, lembra o vice-presidente de Locação do Secovi-SP, Mark Turnbull.
É um sinal de que a alta do IGP-M não necessariamente vai pressionar o mercado de locações, avalia Turnbull. “Porque é [só] um índice econômico. O proprietário vai aplicar o preço que tem direito a aplicar (...) e aquilo que o mercado está disposto a pagar”.
Entre 2016 e 2017, o mercado sofreu muito com a vacância de imóveis, que acaba transformando um pontecial rendimento (do aluguel) em despesa (com gastos como IPTU e condomínio). Fenômeno que obrigou os proprietários a negociarem valores mais baixos, tanto na renovação quanto nos novos contratos.
Avaliando o mercado paulistano, Turnbull acredita que a tendência atual deve persistir: “o mercado imobiliário residencial deve continuar favorável para os inquilinos” até o fim deste ano e ainda nos primeiros meses de 2019.
A tendência é este ciclo se inverter eventualmente. “A economia começa a reagir, os imóveis que estão vazios começam a ser ocupados, e aí sim os preços melhoram e é a hora do proprietário [recuperar]”, avalia.
Fonte: Gazeta do Povo
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