No primeiro semestre deste ano, o aluguel de imóveis teve uma queda de preço de 0,68%, de acordo com o Índice FipeZap de Locação, que acompanha o valor médio dos imóveis anunciados em 15 cidades brasileiras.

 

A queda real é avaliada, quando o preço do imóvel sobe menos que a inflação, mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. Enquanto a inflação era de 2,60%, a taxa do preço médio dos aluguéis cresceu 1,93%.

 

Para chegar ao cálculo de percentual, é necessário dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.

 

As três principais cidades no Brasil que apresentaram baixo percentual no preço dos aluguéis foram: Niterói com -1,41%, Rio de Janeiro -0,48%, e São Bernardo do Campo com -0,23%.

 

Segundo o pesquisador do Índice FipeZap e economista Bruno Oliva, a tendência é que o preço do aluguel siga abaixo da inflação até o fim do ano.

 

IPCA, IGP-M e o preço do aluguel

O IPCA marcou 4,39% nos preços dos aluguéis dos últimos 12 meses, no IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) marcou 6,94% no período. Já o preço do aluguel seguiu abaixo da inflação, em 0,75%.

 

Bruno Oliva explica que o IGP-M segue independente do mercado imobiliário, por isso na hora de alugar um imóvel, os preços podem ser negociados, e referido que não seja reajustado pelo IGP-M. Pois é provável que o percentual de reajuste fique em torno de 7%.

 

São Paulo se manteve com o maior valor médio de aluguel por metro quadrado, de 36,74 reais. E a de menor valor de locação foi a de Goiânia com 16,10 reais.

 

Retorno financeiro do investimento

O retorno financeiro favorável do aluguel é calculado por meio da divisão entre o preço médio de locação mensal, e o de venda média mensal. Com o resultado, multiplica-se o valor por 12, encontrando-se a taxa anual.

 

Em junho deste ano, os investidores de imóveis obtiveram o retorno médio de 4,40% ao ano. Sem contar com a desvalorização ou valorização da locação, em 12 meses.

 

A taxa de retorno de aluguéis ficou abaixo da praticada pela Selic, com 6,50% ao ano. É a menor taxa desde o início do Banco Central, em 1986.

 

Os especialistas apontam para outras formas de investimento mais rentáveis, descartando a possibilidade de retorno financeiro somente com aluguéis de imóveis.

 

Uma delas é as do Fundo imobiliário, que tem como principal vantagem o baixo custo, já que todo o negócio gira em torno de imóveis já prontos, como lojas de shoppings ou escritórios em prédios, possibilitando uma renda variável, mas certeira.

 

Essa forma de investimento cresceu 39% no ano passado, com cotistas comprando imóveis e disponibilizando-os para locação. Outra vantagem é a isenção do Imposto de Renda nessa forma de negócio, sendo tributável apenas nos lucros recebidos, com taxa de 20%.

 

Os Corretores de Imóveis, investidores e locatários têm muito a ganhar, pois especialistas ressaltam que o mercado imobiliário tende a crescer cada vez mais, aquecendo a economia.

 

Fonte: Rede Bom Dia