Comunidade quilombola comemora posse de terra na Bahia
A incorporação dessa área, a terceira desapropriada pelo Incra, soma 1,7 mil hectares de terras obtidas
A comunidade do Território Quilombola Salamina Putumuju, situado no município de Maragogipe, no Recôncavo baiano comemorou no dia 2/8, a posse de um imóvel de 1,4 mil hectares. O ato representa uma vitória para as famílias e para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que desde 2005 se empenha para transferir a posse da área à comunidade. Os ministros do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o presidente do Incra, Carlos Guedes, participam da comemoração.
A incorporação dessa área, a terceira desapropriada pelo Incra, soma 1,7 mil hectares de terras obtidas, o que corresponde a 84% do total do Salamina Putumuju. O Incra na Bahia está finalizando o processo de desapropriação de outras quatro propriedades para englobar toda a área. A obtenção dos imóveis é a última fase antes da titulação comunitária do território.
Atualmente, cerca de 40 famílias vivem no Salamina Putumuju. Elas cultivam mandioca, milho e feijão e se dedicam à pesca. A história desse território tem origem no século XVI com o cultivo da cana-de-açúcar, que se baseou na exploração da mão de obra escrava. A comunidade quilombola se formou em uma área de 2.061 hectares, onde estão as sete fazendas que o Incra vem destinando à comunidade.
Maragogipe
Além do Salamina Putumuju, há outras três comunidades quilombolas no município de Maragogipe com processo em andamento no Incra para a regularização fundiária dos territórios. A ação beneficiará 100 famílias de remanescentes de quilombos.
As áreas são a Buri, que está em fase de elaboração do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), e as comunidades Enseada do Paraguaçu e Dendê, que já possuem processos abertos pelo Instituto.
Fonte: Incra
Em 1.8.2014
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