Conciliação pode pôr fim a conflito entre indígenas e produtores no Mato Grosso do Sul
Há mais de dois anos o Ministério da Justiça tenta chegar a um acordo com os fazendeiros, sem sucesso
Uma força-tarefa para a conciliação vai buscar solucionar o conflito agrário existente entre produtores rurais e indígenas na região de Antônio João, a cerca de 300 km de Campo Grande/MS. As duas partes aceitaram a proposta feita nesta quarta-feira (2/9) pelas autoridades nacionais que estiveram na reunião para tentar negociar o fim do conflito.
“Em uma situação de grande complexidade como essa no Mato Grosso Sul a melhor solução é, sem dúvida, a mediação, até porque a judicialização da questão não tem conseguido resultados”, defendeu o coordenador do Comitê Gestor da Conciliação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Emmanoel Campelo, que integrou a comitiva por designação do presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski. As negociações foram lideradas pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O grupo esteve reunido em momentos diferentes com o governador do estado, Reinaldo Azambuja, com representantes dos produtores e dos indígenas. A força-tarefa terá a primeira reunião na próxima semana, em Brasília, quando serão definidas cinco áreas de conflito no Mato Grosso do Sul como prioridade para tentar resolver o impasse entre índios e produtores rurais.
Enquanto as reuniões de mediação não acontecem, o ministro da Justiça garantiu a presença de agentes da Polícia Federal na região para evitar novas tragédias.
Conflito - O conflito na região de Antônio João decorre da venda de terras indígenas pelo poder público. Há mais de dois anos o Ministério da Justiça tenta chegar a um acordo com os fazendeiros, sem sucesso. Segundo o conselheiro Emmanoel Campelo, as questões relativas à demarcação das terras indígenas sofrem com a morosidade na atuação do governo.
O clima está tenso na região desde 22 de agosto, quando índios ocuparam uma fazenda e fizeram moradores reféns. Só depois da intervenção do Departamento de Operações da Fronteira (DOF), do governo local, é que a família foi libertada. Desde então, outras propriedades rurais foram ocupadas.
Em 29 de agosto, a situação ficou ainda mais complicada, quando foi encontrado em uma das fazendas invadidas o corpo de uma liderança indígena Guarani Kaiowá, morto a tiros. A suspeita é que ele tenha sido alvejado durante confronto com fazendeiros que tentavam retomar suas propriedades.
Fonte: CNJ
Em 2.9.2015
Notícia Anterior
Câmara dos Deputados: seminário discute legislação ambiental e desenvolvimento urbano
Próxima Notícia
Ibama alerta proprietários rurais sobre prazo para entrega do Ato Declaratório Ambiental 2015
Notícias por categorias
- Georreferenciamento
- Regularização fundiária
- Registro eletrônico
- Alienação fiduciária
- Legislação e Provimento
- Artigos
- Imóveis rurais e urbanos
- Imóveis públicos
- Geral
- Eventos
- Concursos
- Condomínio e Loteamento
- Jurisprudência
- INCRA
- Usucapião Extrajudicial
- SIGEF
- Institucional
- IRIB Responde
- Biblioteca
- Cursos
- IRIB Memória
- Jurisprudência Comentada
- Jurisprudência Selecionada
- IRIB em Vídeo
- Teses e Dissertações
- Opinião
- FAQ - Tecnologia e Registro
Últimas Notícias
- NOTA DE FALECIMENTO – GERALDO JOSÉ FILIAGI CUNHA
- Doação – fração ideal. Módulo Rural – inobservância. Parcelamento irregular do solo caracterizado.
- Observatório do Registro: Get Back!