Correio Braziliense: A cidade cresce para cima
Um ano após as construtoras colocarem o pé no freio para avaliar o mercado, 2013 deve marcar a retomada de lançamentos, segundo o presidente do Sinduscon-DF
A capital do país se acostumou com os canteiros de obras. Espalhados por oito localidades há 214 empreendimentos residenciais em construção no Distrito Federal. Quando entregues — e levando em conta o número médio de moradores por domicílio —, as 53.768 unidades poderão abrigar 175 mil pessoas, pouco mais de cinco vezes a população do Lago Norte. Os dados, obtidos junto ao Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), compõem o mapa do mercado imobiliário local.
O valor geral de vendas (VGV) das obras em andamento chega a R$ 19,2 bilhões. Os imóveis em estoque representam 30,7% do total, segundo o levantamento. Águas Claras, embora apresente um crescimento muito menor se comparado a anos anteriores, se mantém no topo do ranking de empreendimentos e unidades lançadas. A região administrativa responde por mais de um terço de toda a movimentação do mercado.
Noroeste e Park Sul sustentam os maiores valores médios por apartamento: R$ 928,8 mil e R$ 517,2 mil, respectivamente. Juntos, respondem por cerca de 34% do dinheiro movimentado, praticamente o mesmo percentual de Águas Claras, ainda que o número de unidades em construção na cidade seja mais do que o dobro dos bairros mais novos. A melhor velocidade de venda, medida pelo total de imóveis estocados, é observada em Ceilândia (12,5%) e no Guará (11,9%).
Após um ano em que as construtoras colocaram o pé no freio para avaliar o mercado, 2013 deve marcar a retomada de lançamentos, segundo o presidente do Sinduscon-DF, Júlio Cesar Peres. “Será um ano de reposicionamento das empresas”, diz. Em janeiro, o setor já registrou crescimento. O avanço, reforça o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Adalberto Valadão, não será na mesma intensidade de três, quatro anos atrás. De 2011 para 2012, por exemplo, o número de lançamentos recuou 36%: de 85 para 54. “Mas o estoque foi absorvido e a expectativa é que o mercado agora volte a crescer”, completa o vice-presidente da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI), Pedro Fernandes.
Fonte: Correio Braziliense
Em 15.02.2013
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