Estado de S. Paulo - Mercado imobiliário volta a crescer após três anos de recuo, diz Secovi-SP
O avanço dos lançamentos e das vendas ficou bem acima da projeção inicial divulgada pela instituição no início de 2017
Após três anos consecutivos em baixa, o mercado imobiliário da cidade de São Paulo voltou a crescer no ano passado. As vendas de imóveis atingiram 23.629 unidades em 2017, expansão de 46,1% em relação a 2016. Os lançamentos de novos projetos totalizaram 28.657 unidades, aumento de 48,0%, e R$ 13,8 bilhões em valor geral de vendas (VGV), avanço de 29%.
A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira, 20.02, pelo Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) e considera apenas os imóveis residenciais novos. O avanço dos lançamentos e das vendas ficou bem acima da projeção inicial divulgada pela instituição no início de 2017, que apontava para um crescimento de 5% a 10% no ano.
O mercado na capital paulista chegou a uma inflexão após três anos marcados por uma forte retração.
As vendas na cidade caíram de 33,3 mil unidades (2013) para 21,6 mil (2014), 20,1 mil (2015) e 16,0 mil (2016). Por sua vez, os lançamentos recuaram de 34,2 mil (2013) para 34,0 mil (2014), 23,0 mil (2015) e 17,6 mil (2016). Com isso, o setor registrou, em 2016, a menor quantidade de vendas e lançamentos da série histórica, iniciada em 2004.
O presidente do Secovi-SP, Flávio Amary, atribuiu o forte crescimento do setor à recuperação da economia brasileira, com redução dos juros e estabilidade no nível de empregos, ajudando a recompor parcialmente a confiança de consumidores.
Amary também disse que parte significativa dos novos projetos está relacionada ao crescimento do Minha Casa Minha Vida, que tem demanda mais aquecida e boas condições de crédito.
O programa habitacional foi responsável por 4.154 lançamentos em São Paulo em 2016, ou 23% do total. Já em 2017, essa participação subiu para 10.343 unidades, 36% do total.
O presidente do Secovi-SP observou ainda que o preço das moradias, em geral, não tem subido no mesmo ritmo do reaquecimento do mercado.
Fonte: Estadão Conteúdo
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