Incra conquista posse de novos imóveis e avança na consolidação de território quilombola em Sergipe
A área que compõe o futuro território quilombola era ocupada por 21 imóveis particulares
O Incra assegurou, na quinta-feira (23), a posse de quatro novos imóveis, que serão destinados à criação de um território quilombola no Baixo São Francisco, em Sergipe. Os sítios Faveira, Saco da Faveira, Serraria e Serraria I, localizados no município de Amparo do São Francisco, tiveram sua posse imitida em favor da autarquia federal e serão incorporados ao território da comunidade quilombola de Lagoa dos Campinhos.
Fruto de um decreto assinado em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a área que compõe o futuro território quilombola era ocupada por 21 imóveis particulares. Dentre esses, 13 tiveram sua posse revertida ao Incra e outros oito aguardam decisões de ações já ajuizadas pela autarquia.
“Com a conquista desses novos imóveis, asseguramos a posse de cerca de 85% da área total do território. É uma marca importante, que demonstra o empenho do Incra em consolidar uma área para o desenvolvimento da comunidade”, afirmou a chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra/SE, Tânia Aciole Bomfim.
Com uma área total prevista de 1.263 hectares, o território de Lagoa dos Campinhos encontra-se em fase de desintrusão e titulação. “Sabemos da importância de promover o acesso à terra, definindo um território para o desenvolvimento das famílias quilombolas. Por isso, seguiremos trabalhando muito para garantir novos avanços como esses em Lagoa dos Campinhos”, enfatizou o superintendente do Incra em Sergipe, Leonardo Góes.
Atividades produtivas
Localizada às margens do Rio São Francisco, a comunidade de Lagoa dos Campinhos vive por meio da manutenção de atividades como o cultivo de milho, feijão e mandioca, da criação de peixes e pequenos animais, além do desenvolvimento das pecuárias de corte e leiteira (com um rebanho de cerca de 600 cabeças).
Composta por 103 famílias autorreconhecidas como remanescentes dos antigos quilombos, a comunidade foi, ao lado de Mocambo, a primeira em todo o estado de Sergipe a ter a área do seu território reconhecida e definida em decreto presidencial.
Fonte: INCRA
Em 23.5.2013
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