Incra em Goiás planeja zerar passivo de Certificação de Imóveis Rurais em 2013
Desde 2005, 3.192 imóveis foram certificados e a expectativa, agora, é potencializar a ação com a entrada em vigor da Norma de Execução
A meta da Superintendência Regional do Incra em Goiás (SR-04) é acabar, ainda em 2013, com o acúmulo de processos de Certificação de Imóvel Rural gerado desde 2005, ano em que o Instituto começou a realizar o serviço. Para isso, enviou na última quinta-feira (14) ao Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército (Cigex), em Brasília, 2,5 mil processos para análise técnica e posterior certificação, que é expedida pelo Incra. Com esse envio, somam 4 mil processos remetidos ao Centro entre 2012 e 2013. Desses, 1,5 mil foram concluídos por meio de uma força-tarefa que envolve engenheiros, técnicos da área cartográfica e assistentes administrativos do Exército.
O superintendente do Incra em Goiás, Jorge Tadeu Jatobá Correia, explica que a Certificação de Imóvel Rural é um documento fundamental para o registro de qualquer imóvel nos casos de compra, venda, desmembramento ou partilha. "A Certificação também possibilita ao Incra ter conhecimento e controle da malha fundiária do Estado e do País, o que é muito importante para orientar ações de compra ou desapropriação de terras, além de auxiliar no reconhecimento de direitos de quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais", complementa.
Avanço Tecnológico
Desde 2005, o Incra/GO certificou 3.192 imóveis e a expectativa, agora, é potencializar as certificações com a entrada em vigor da Norma de Execução (NE) 105, de 26 de novembro de 2012. Ela simplifica e confere celeridade à análise dos dados georreferenciados, que passa a ser eletrônica. Isso se dará por meio do Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), em funcionamento a partir do final deste mês. O Sistema é uma ferramenta eletrônica criada para enviar, recepcionar, validar, organizar e disponibilizar dados georreferenciados de imóveis rurais. Por meio dele será possível analisar sobreposição de áreas com o cadastro georreferenciado do Incra e gerar planta e memorial descritivo de forma automática.
Para o chefe da Divisão de Ordenamento Fundiário do Incra em Goiás, Gilson Filho, a NE 105 acabará com a era da análise física dos processos e fará com que os servidores técnicos do Incra cuidem apenas do que a legislação lhes incumbe: impedir a sobreposição de áreas rurais. "Tudo passa a ser digitalizado, sem manuseio de folhas e mais folhas. Isso agilizará o serviço dos nossos técnicos, que conseguirão, num futuro próximo, avaliar a existência, ou não, de sobreposição de áreas em poucos dias, autorizando ou recusando a certificação do imóvel. Atualmente, a certificação demora meses porque cada peça documental devia ser avaliada manualmente", ressalta.
Mesmo com as dificuldades impostas pela análise física dos processos, o Incra em Goiás conseguiu avançar no número de certificações nos últimos três anos. Em 2010, o Estado possuía 287 imóveis certificados. No ano seguinte, esse total subiu para 624 e, em 2012, atingiu 1300 certificações.
Fonte: Incra
Em 19.2.2013
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