Povos ciganos discutem mecanismos de acesso à regularização fundiária
O evento, que coincide com o Dia Nacional do Cigano, comemorado no dia 24 de maio, ocorrerá até sexta-feira (24)
Brasília – Com o objetivo de fortalecer a organização e a participação dos povos ciganos nas discussões sobre políticas públicas, teve início, no dia 21, a 1ª Semana Nacional dos Povos Ciganos. O evento, que coincide com o Dia Nacional do Cigano, comemorado no dia 24 de maio, ocorrerá até sexta-feira (24).
A programação do evento prevê propostas para dar visibilidade à cultura cigana e ampliar a interlocução de suas lideranças com o Estado brasileiro. O evento conta com 300 participantes, que representam 19 estados e o Distrito Federal. Eles estão acampados no Granja do Torto (DF).
Na cerimônia de abertura foi lançado o Guia de Políticas Públicas para Povos Ciganos, que contém um resumo da origem destes povos no mundo e no Brasil. O guia é dividido em eixos e explica como o cigano pode ter acesso às políticas públicas relacionadas a Direitos Humanos, políticas sociais e de infraestrutura, culturais e de regularização fundiária.
Durante toda a semana serão realizadas plenárias, oficinas, conferências e rodas de conversa sobre diversos temas de interesse dos povos ciganos, além da emissão de cartão SUS, da certidão de nascimento e da carteira de identidade e de serviços de saúde. A programação completa pode ser acompanhada aqui.
No Brasil, estima-se que a população de ciganos seja de 500 mil pessoas, formada pelas etnias Calon, Rom e Sinti, com línguas, culturas e costumes próprios. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011 foram identificados 291 acampamentos de ciganos, localizados em 21 Unidades da Federação. Minas Gerais é o estado com a maior concentração destes acampamentos, com um total de 58, seguido da Bahia, com 53 e de Goiás com 38.
A Semana dos Povos Ciganos é promovida pelo Governo Federal, por meio das Secretarias de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e de Direitos Humanos, pelos Ministérios da Cultura, da Educação e da Saúde e pela Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial e a Secretaria de Cultura do GDF.
Participam da organização do Brasil Cigano a Associação Internacional da Cultura Romani (Aicrom-Brasil/GO), a Associação Internacional Maylê Sara Kalí (AMSK-Brasil/DF), a Associação Nacional das Etnias Ciganas (Anec/GO), a Associação de Preservação da Cultura Cigana (Apreci/PR), o Centro de Estudos e Discussão Romani (Cedro/SP) e o Grupo Leshjae Kumpanja/AL.
Fonte: EBC
Em 21.5.2013
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