“O futuro do Registro de Imóveis é a prestação de serviços informatizados como regra”
Em entrevista, representante regional da Aripar no Centro-Oriental, Fernando Pupo, fala sobre o futuro do Registro de Imóveis, inovações e mudanças tecnológicas.
Visando conhecer a atuação e as perspectivas dos registradores de imóveis paranaenses, a Associação dos Registradores de Imóveis do Paraná (Aripar) está promovendo uma série de entrevistas com os Representantes Regionais da entidade. A série especial tem por objetivo apontar os caminhos da profissão, com mudanças decorrentes da pandemia de Covid-19, dos serviços eletrônicos e das atividades digitais.
A Aripar nomeou, em setembro de 2020, representantes para as dez regiões do estado. O objetivo da iniciativa, segundo a presidente da Associação, Mariana Carvalho Pozenato Martins, é “contribuir para a aproximação entre os registradores imobiliários de cada regional”.
Em entrevista à Aripar, o oficial do Serviço de Registro de Imóveis de Tibagi/PR, Fernando Pupo, traz sua perspectiva a respeito de serviços eletrônicos, desafios, inovações e o futuro do Registro Civil no Paraná.
O oficial é formado em Direito pela UEPG (2008), pós-graduado em Direito lato sensu pela Escola da Magistratura em Curitiba (2009) e pós-graduado em Direito Notarial e Registral (2010/2011) pelo Inoreg. Atua no Registro de Imóveis desde 2017, tendo sido, anteriormente, Tabelião de Notas e Registrador Civil em Paraguaçu Paulista – SP durante um ano e meio. Foi nomeado, em 2020, representante regional no Centro-Oriental do Paraná, região que congrega as cidades de Arapoti, Ortigueira, Palmeira, Ponta Grossa, Reserva, Sengês, Telêmaco Borba e Tibagi.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Aripar – Quais são os maiores desafios para o Registro de Imóveis, considerando seu local de atuação?
Fernando Pupo – Os desafios de minha localidade são regularização fundiária urbana e encontrar mão de obra qualificada.
Aripar – Como avalia a iniciativa da Aripar em nomear representantes para as regiões do Estado?
Fernando Pupo – Muito positiva. A criação de regionais auxilia a diretoria e os técnicos no atendimento aos associados. A proximidade entre o representante regional e os registradores de sua região estimulou muitos não associados a fazerem parte da Aripar. A associação se fortaleceu.
Aripar – Como pretende integrar os registradores da região? E que ações pretende adotar na regional?
Fernando Pupo – Promovendo reuniões periódicas online para trocas experiências e atender as demandas dos registradores com rapidez. Realizar cursos tendo como tema regularização fundiária urbana voltados para pessoas que tenham interesse no tema, não necessariamente para colaboradores do Registro de Imóveis. Considerando que a REURB tem o procedimento perante o município como etapa antecedente à do Registro de Imóveis, devido ao desconhecimento sobre o tema por parte de pessoas que participam da primeira etapa, o procedimento não caminha até a etapa do Registro de Imóveis. É preciso superar isso.
Aripar – Os serviços eletrônicos e atividades digitais já são realidade nos cartórios paranaenses. Como avalia os serviços prestados pelo Registro de Imóveis durante a pandemia do coronavírus?
Fernando Pupo – Avalio como positiva. Os registradores estiveram empenhados em se adaptar à nova realidade, em não interromper a prestação de serviço, sabendo a importância da atividade na vida do cidadão, do agricultor ou empresário que precisa manter seu negócio. Adequações foram feitas para preservar a saúde dos colaboradores, pois só assim o serviço pode ser mantido. O Registro de Imóveis não parou.
Aripar – Como a população se beneficia dos serviços eletrônicos?
Fernando Pupo – A população se beneficia tendo uma resposta mais rápida aos serviços solicitados, menos despesa e maior segurança. Conhecer e implementar as ferramentas tecnológicas na prestação do serviço é tão importante quanto conhecer as regras jurídicas. Temos como exemplo recente o PIX, sem custo para o usuário, já adotado por muitos registradores como meio de pagamento.
Aripar – Qual o impacto dos serviços eletrônicos na atividade do registrador? Em sua opinião, o uso de novas tecnologias é positivo para o desenvolvimento da atividade registral?
Fernando Pupo – Investimento em tecnologia é economia de tempo e dinheiro. O uso de novas tecnologias é fundamental para entregar a segurança jurídica que o mercado pede com rapidez. Estruturar dados permite uma atuação mais eficiente. É o que a população quer e precisa. Melhorar a prestação de serviço para o usuário é dever nosso. Isso retorna em benefício do registrador, contribuindo para diminuir a informalidade das transações imobiliárias.
Aripar – Que futuro podemos esperar para o Registro de Imóveis?
Fernando Pupo – O futuro do Registro de Imóveis é a prestação de serviços informatizados como regra. Apesar dos avanços na criação das ferramentas digitais, o meio físico ainda prepondera. A melhoria na prestação de serviço digital exige trabalho e investimento permanente. Sempre haverá plataformas novas para nos integrarmos. Isso é uma constante em qualquer atividade, atualmente.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Aripar.
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