Unidades de observação incentivam gestão de lotes em assentamentos do Rio Grande do Sul
Entre outros, foram apurados sistemas de produção, área utilizada, quantidade de animais, fonte de renda das famílias escolhidas para participar do projeto
Encerrou, esta semana, o levantamento de dados de 120 unidades familiares que compõe uma Rede de Unidades de Observação e Referência Pedagógica nos assentamentos do Rio Grande do Sul. Foram apurados sistemas de produção, área utilizada, quantidade de animais, fonte de renda, perfil de consumo, benfeitorias, entre outros, das famílias escolhidas para participar do projeto piloto. familia joia
A ação é realizada pelas equipes de assistência técnica contratadas pelo Incra/RS com apoio dos assessores técnico-pedagógicos da parceria do Instituto com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
No primeiro semestre, os técnicos que acompanham as famílias fizeram um resgate das últimas safras de verão e inverno, com o objetivo de facilitar a gestão do lote.
O extensionista Danísio Tremea, da Emater de Jóia, explica que a análise das Unidades incentivou as famílias a planejarem melhor suas atividades. “A gente mostra os lucros e os custos no papel. A partir deste conhecimento, o agricultor passa a compreender sua realidade”. No município foram formadas seis Unidades de Observação: três no assentamento Rondinha, uma no Simon Bolívar, uma no Santa Tecla e outra no assentamento Ceres.
O agricultor Pedro Sidnei Soares, do assentamento Rondinha, destaca que o trabalho proporcionou maior controle dos gastos e dos investimentos. “Tem coisa que a gente acha que está fazendo certo, mas se colocar no papel vê que não tem resultado. Por exemplo, eu imaginava que ia conseguir tirar os custos do plantio de dois hectares de feijão, mas agora vi que tive prejuízo: R$ 350 por hectare. Esse acompanhamento dá a possibilidade de planejar e ajustar a forma de plantar. É fazendo isso que a gente sabe onde está tendo bom resultado”, afirma o assentado.
A ideia é que todas as unidades tenham, a partir deste mês, acompanhamento mensal até o final do ano para atualização de informações.
Primeiros diagnósticos
Foi criada uma unidade de observação para cada 100 famílias assentadas, respeitando a divisão regional dos 20 Núcleos Operacionais de Assistência Técnica. Elas foram definidas com base nos principais sistemas produtivos de cada núcleo.
As constatações iniciais, segundo o assessor técnico-pedagógico, Jacir Chies, identificam o valor significativo da produção de subsistência, que antes não era mensurado pelas famílias. “Também se observa certo grau de desconhecimento dos custos individuais de produção por cada item produzido nos lotes, onde, em muitos casos, as culturas periféricas, com menor área e menor mão-de-obra acabam gerando entradas para cobrir o custo das culturas de maior área, de maior utilização de mão de obra e maior investimento”.
As unidades devem ser utilizadas como ferramenta pedagógica para aprimorar os diagnósticos dos lotes, verificando condicionantes, limites e potencialidades. A rede complementa, ainda, o Sistema Integrado de Gestão Rural, desenvolvido pelo programa de Assistência Técnica do Incra/RS.
Fonte: Incra
Em 5.8.2013
Notícia Anterior
Câmara dos Deputados: seminário discute legislação ambiental e desenvolvimento urbano
Próxima Notícia
IRIB recebe artigos para a edição nº 75 da Revista de Direito Imobiliário
Notícias por categorias
- Georreferenciamento
- Regularização fundiária
- Registro eletrônico
- Alienação fiduciária
- Legislação e Provimento
- Artigos
- Imóveis rurais e urbanos
- Imóveis públicos
- Geral
- Eventos
- Concursos
- Condomínio e Loteamento
- Jurisprudência
- INCRA
- Usucapião Extrajudicial
- SIGEF
- Institucional
- IRIB Responde
- Biblioteca
- Cursos
- IRIB Memória
- Jurisprudência Comentada
- Jurisprudência Selecionada
- IRIB em Vídeo
- Teses e Dissertações
- Opinião
- FAQ - Tecnologia e Registro
Últimas Notícias
- Incorporação imobiliária. Uma unidade. (Im)possibilidade.
- Hipoteca judiciária. Penhora. Possibilidade.
- Legalização não afasta responsabilidade pelo parcelamento irregular do solo urbano