Em 19/07/2018
Clipping – Correio 24 Horas - Imóvel com vista privilegiada pode custar até 30% a mais (BA)
Paisagens visualizadas no Santo Antônio, Vitória, São Lázaro e Pituaçu são as mais valorizadas
Chegar na varanda de casa e contemplar as belezas naturais de Salvador é o sonho de qualquer pessoa. Mas se por um lado sonhar não custa nada, na vida real o visual pode sair até 30% mais caro. Isso porque é cada vez maior o número de consumidores dispostos a pagar o preço para ter acesso a um visual que desintoxique o morador do estresse da cidade.
O empresário Aldener Oliveira não pensou duas vezes nas vantagens de morar com uma das vistas mais exclusivas da cidade ao comprar uma das coberturas do Hemisphere 360°, empreendimento da Queiroz Galvão em Pituaçu. “O visual daqui é incrível e da minha varanda consigo ver desde o Farol de Itapuã até a Pituba. O nascer do sol e as noites de lua são um verdadeiro espetáculo”, afirma. Ele diz que a preferência pela vista privilegiada nasceu da busca por um alento visual para escapar do ambiente caótico de uma grande metrópole como Salvador. “Você paga pela exclusividade, mas, acima disso, pela qualidade de vida que essa paisagem te oferece. Tenho total certeza que o investimento compensou”.
E é de olho exatamente no filão que associa a vista ao estilo de vida que as empresas do mercado imobiliário apresentam projetos para alavancar as vendas. “O alto nível de aceitação do público em relação a empreendimentos dessa natureza nos levou a coordenar os projetos junto aos arquitetos, priorizando essa característica”, destaca o gerente regional da Queiroz Galvão, Luiz Pimentel.
Para ele, o grande potencial da Orla Atlântica de Salvador foi suprimido por muitos anos em função da legislação, mas com alterações vindas com os novos Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e Lei Orgânica de Uso e Ocupação do Solo (Louos), as empresas encontraram uma demanda reprimida e se dispuseram a investir.
A prova disso, segundo Daniel Sampaio, gerente comercial da OR Empreendimentos, responsável pelo Parque Tropical (Pituaçu) e pelo D’Azur (Jaguaribe), são os resultados apresentados por pesquisas de mercado realizadas pela construtora que apontaram a vista do imóvel como um dos principais fatores de definição na hora de fechar o negócio. “Pelo D’Azur ser um empreendimento ‘frente de orla’, trabalhamos toda publicidade destacando o mar como uma extensão do apartamento”, diz. “O tipo de público que busca esses imóveis quer a vista por uma questão emocional, então é uma decisão tomada com facilidade”, complementa.
Parques
Apesar da “vista mar” ser a mais procurada em Salvador, Cláudio Cunha, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Baia (Ademi-BA) e colunista do CORREIO, aponta que os empreendimentos no entorno de parques metropolitanos (Pituaçu e da Cidade), e áreas cuja fachada do imóvel não possui obstrução (Bela Vista e Alto do Itaigara) também contam com uma valorização instantânea. “Localização é um valorizador natural de qualquer negócio. A fachada desobstruída é vendida como um forte diferencial em função da ventilação e da qualidade do ar”, comenta. “A diferença de preços em unidades novas geralmente fica entre 18% e 20%, levando-se em consideração, principalmente, o andar no qual o imóvel está localizado, pois quanto mais alto melhor a vista”, afirma. Já para unidades usadas, a valorização pode chegar a 30%, segundo o vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci), José Alberto de Vasconcellos. “É um caso no qual a vista privilegiada pode até superar aspectos de desvalorização, dando uma nova vida ao imóvel”, argumenta.
Vista compensa aspectos negativos
O poder de valorização da vista do imóvel é tão grande que o visual privilegiado pode inverter o julgamento dos clientes em relação às características que costumam desvalorizar as unidades, a exemplo da infraestrutura do bairro, nascente e poente, e idade do imóvel. Para Rarene Pacheco, diretora da imobiliária Josinha Pacheco, especializada em imóveis de alto padrão, um bom exemplo disso é o Cloc Marina Residence, localizado na Gamboa. “O Cloc é um empreendimento novo que está localizado em uma área de menor infraestrutura e fachada para o poente, mas a vista para a Baía de Todos os Santos oferece uma valorização tão grande que ele chega a ter preços tão expressivos quanto imóveis da Vitória”, diz.
O corretor e segundo vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Bahia (Creci-BA), José Alberto de Vasconcellos, diz que outro exemplo claro desse fenômeno são os casarões no Santo Antônio, bairro com opções de imóveis sem a oferta de atrativos dos empreendimentos modernos, mas que atrai um público específico que topa pagar a “diferença”. “Ali você tem imóveis seculares, sem infraestrutra de garagem e que contam com um custo de manutenção muito maior, até pela questão do tombamento, mas que contam com uma vista única da Baía de Todos os Santos, fato que eleva procura e preço”, diz.
Fonte: Correio 24 Horas
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