Em 07/05/2018
Clipping – Jornal Estado de São Paulo - Imóveis: reformar ou vender, eis a questão
“Reformar ou vender”, eis a questão. Seja por conta da chegada de um novo membro para a família, ou por causa de um novo animal de estimação, ou por diversos outros motivos, a pergunta permanece a mesma. A restrição do espaço, a localização e o custo da operação devem ser colocados na balança na hora de resolver esse dilema.
Por vários motivos, chega um momento em que proprietários precisam então decidir o destino do imóvel; decisão deve considerar, entre outros aspectos, o custo-benefício que envolve o tamanho da moradia e o seu tempo ‘de vida’
“Reformar ou vender”, eis a questão. Seja por conta da chegada de um novo membro para a família, ou por causa de um novo animal de estimação, ou por diversos outros motivos, a pergunta permanece a mesma. A restrição do espaço, a localização e o custo da operação devem ser colocados na balança na hora de resolver esse dilema.
O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana, diz que o primeiro passo para resolver o dilema é observar a questão objetivamente, já que trata-se de um bem durável “que está dentro da faixa de preço de tudo o que uma família consegue juntar ao longo da vida”.
A dica de Viana é fazer o orçamento tanto da reforma quanto da aquisição de um novo imóvel e compará-los. “Isso é o básico, as pessoas têm de saber analisar o custo-benefício de cada uma das opções”, diz.
Para ele, o tamanho do imóvel é outra questão que deve ser levada em consideração. “O problema do espaço é seríssimo”, afirma. “É ele que molda a estrutura de convivência da família.” Segundo Viana, todo o planejamento da casa deve ser repensado com a chegada de um novo membro na casa.
No caso da arquiteta Fernanda Tegacini, a opção foi pela venda do apartamento em que ela morava com o marido e sua filha. Com a notícia de que estava grávida, a preocupação com o espaço disponível no imóvel em que vive falou mais alto.
Espaço e conforto
“A ideia de mudar foi realmente para buscar mais espaço e o conforto de todo mundo”, afirma Fernanda. A dois meses de ter mais uma menina, a arquiteta optou, então, por não colocar as duas filhas no mesmo quarto do apartamento de 79m² onde mora.
A principal preocupação era, segundo ela, que a rotina da sua futura filha não atrapalhasse a da outra. “Bebês têm necessidades muito específicas, como o berço e a poltrona de amamentação, que ocupam bastante espaço”, afirma. “Também não queria que a outra criança fosse acordada de madrugada.”
Como sabia da demora e o estressa que envolvem uma reforma, decidiu alugar um outro apartamento para quando sua filha nascesse. “Optei ir para um lugar que já estava reformado, mais organizado, para poder receber a bebê com calma.”
O plano de Fernanda é ficar no apartamento alugado, vender o seu para poder comprar um outro imóvel e reformá-lo à sua maneira. “Só não parti para a reforma, porque não queria assumir esse compromisso”, afirma. “Quis deixar minha saúde mental na gravidez mais tranquila.”
Casamento e reforma
Repaginar o imóvel foi a opção do casal Andreia e José Luiz Alfieri e. A professora, que já era mãe de dois filhos, se apaixonou e casou com o empresário e eles decidiram que Alfieri iria se mudar para o apartamento dela.
Para que isso realmente ocorresse, porém, era necessário promover uma reforma no apartamento. Com 98 m², o imóvel de Andréia tinha apenas um banheiro, que dividia com os filhos. A presença de Alfieri na casa exigia uma nova configuração da casa.
“O problema inicial era viver dividindo o mesmo banheiro com as crianças”, afirma Alfieri. “Chegamos a procurar algum outro imóvel que tivesse pelo menos dois banheiros, mas optamos pela reforma.” Segundo o empresário, a confiança que a arquiteta deu de que solucionaria a questão foi fundamental para a escolha do casal.
Novo banheiro e cozinha americana
Além da criação de um novo banheiro, a reforma do imóvel também interligou a sala com a cozinha e construiu um escritório. “A mudança foi bem radical, mas foi positiva em todos os termos possíveis”, afirma Alfieri. “O apartamento parece que ficou mais arejado, mais claro.”
A maior dificuldade, no entanto, foi ter de ficar os quatro meses de reforma longe do imóvel. “Quando você vê o momento de destruição do apartamento, você percebe que é impossível ficar lá dentro”, diz. “É muita poeira, não tem condições.”
Para a arquiteta Carmen Avila, os casos em que as pessoas podem continuar morando enquanto a reforma se desenrola são poucos. “É sempre melhor quando a pessoa sai. Fica mais rápido e o resultado é melhor com menos estresse”, afirma.
O maior desgaste de uma reforma, segundo Carmen, é encaixar a necessidade do cliente com o que o apartamento consegue suportar. “Adoro fazer reforma, mas o arquiteto precisa saber exatamente o que o morador quer que seja feito naquele imóvel”, afirma. Para ela, as exigências devem ser passadas de maneira bem clara.
Forma pensada pelos proprietários
Na mesma linha de pensamento, a arquiteta Fernanda Takadachi diz que o principal papel de sua profissão é avaliar o apartamento e ver se é possível dar a ele a forma que os proprietários querem. “Cada morador é um morador com uma necessidade diferente”, afirma. “A gente precisa ouvir o que ele precisa para poder chegar no que eles querem.”
Para alcançar e cumprir as expectativas dos clientes, a arquiteta Ana Yoshida diz que é fundamental ter diversas reuniões e conversas com os clientes até que se chegue em soluções adequadas. “Temos sempre que perguntar o que eles estão vivendo e o que desejam melhorar”, afirma.
Um das formas de apresentar as soluções, como conta Ana, é exibir para os seus clientes como a obra seria finalizada, por meio de ferramentas de desenho tridimensionais. “Isso ajuda muito a concretizar e mostrar a ideia realmente aplicada no espaço”, diz.
O que considerar
Custo
Antes de optar por uma das possibilidades é importante fazer o orçamento de uma reforma que se adeque à nova realidade da família, assim como o valor para investir em uma nova moradia. O ideal, caso a opção escolhida seja a venda, é procurar um novo apartamento ou casa durante o processo de negociação.
Espaço
Independentemente do motivo pelo qual o dilema aparece, a primeira ação é pensar em como o imóvel atual pode ser rearranjado para atender à nova demanda. Caso seja possível remanejar os cômodos do apartamento ou casa, a melhor opção é a reforma. Se for inviável, o indicado é a venda do apartamento ou casa.
Tempo de vida
Outro fator que deve ser levado em consideração é a ‘idade’ do imóvel. Moradias com mais de 30 anos de existência podem apresentar problemas em sua estrutura, como na parte elétrica ou hidráulica. Apartamentos e casas mais novas já utilizam materiais que estendem sua ‘expectativa de vida’.
Localização
A análise não só da estrutura do bairro, mas também do valor do metro quadrado devem entrar na balança daqueles que estão enfrentando o dilema.
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo
Notícia Anterior
Câmara dos Deputados: seminário discute legislação ambiental e desenvolvimento urbano
Próxima Notícia
Clipping – Money Times - Mercado imobiliário reaquecido: A oficialização
Notícias por categorias
- Georreferenciamento
- Regularização fundiária
- Registro eletrônico
- Alienação fiduciária
- Legislação e Provimento
- Artigos
- Imóveis rurais e urbanos
- Imóveis públicos
- Geral
- Eventos
- Concursos
- Condomínio e Loteamento
- Jurisprudência
- INCRA
- Usucapião Extrajudicial
- SIGEF
- Institucional
- IRIB Responde
- Biblioteca
- Cursos
- IRIB Memória
- Jurisprudência Comentada
- Jurisprudência Selecionada
- IRIB em Vídeo
- Teses e Dissertações
- Opinião
- FAQ - Tecnologia e Registro
Últimas Notícias
- Parcelamento do solo urbano. Desmembramento. Via pública – regularização. Infraestrutura urbana básica – ausência. Inviabilidade.
- Tokenização imobiliária: Mercado deve estar atento com o futuro da consulta pública da CVM para regulamentação da prestação de serviços de ativos virtuais
- CNMP regula atuação do MP em inventários com crianças, adolescentes e incapazes