Em 05/07/2018
Clipping – Segs - Preços baixos estimulam compra de imóveis no Rio de Janeiro
Mudanças da Caixa facilitam condições para consumidores e visam esquentar mercado imobiliário
O setor imobiliário sofreu grande impacto com as últimas oscilações econômicas do País. Segundo o Índice FipeZap, o preço de imóveis residenciais prontos caiu cerca de 17% entre 2014 e 2017. O Rio de Janeiro foi uma das cidades que mais viu a desvalorização das edificações. O cenário, no entanto, é benéfico para o carioca que deseja comprar imóveis a preços mais acessíveis, já que a previsão é de que, até 2020, o valor continue recuando no município.
"Para o proprietário, é melhor vender agora antes que a desvalorização derrube ainda mais o valor", explica Gustavo Vaz, CEO da EmCasa, imobiliária digital que tem como objetivo transformar a maneira que o brasileiro compra ou vende imóvel. Segundo Vaz, a queda dos preços continua no Rio de Janeiro como reflexo da Copa do Mundo e das Olímpiadas. Os eventos impulsionaram o preço das construções para as alturas, mas o cenário mudou depois de 2016, por conta da crise no Brasil. "O Rio de Janeiro continua sendo uma das cidades com maior dificuldade em se recuperar, segundo as pesquisas de mercado.", completa.
É visível que a crise e as dificuldades econômicas persistem e essa é a principal dificuldade a ser superada para a retomada do crescimento. Entretanto as condições do crédito imobiliário apresentaram algumas melhorias importantes. A Caixa Econômica Federal reduziu os juros para o financiamento em uma tentativa de aquecer o mercado. Em termos mais palpáveis, os mutuários podem economizar até cerca de 100 mil com as novas regras.
As taxas variam de acordo com o tipo. O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) costuma ter taxas mais baixas por serem reguladas pelo Governo Federal e, com as novas medidas, a porcentagem caiu de 10,25% para 9% ao ano. Já no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) o recuo foi de 10% ao ano.
Os limites do financiamento também ganharam um aumento. No caso de imóveis usados, a limitação subiu cerca de 20% e agora é de 70%. Para os consumidores interessados em comprar uma construção nova, foi mantido o teto de 80%. Como reação, os principais bancos privados também alteraram as suas taxas de financiamento para acirrar a competitividade, criando um ambiente conveniente para os compradores. "Essas medidas arejam o mercado e dão mais fôlego para imobiliárias e consumidores.", finaliza Gustavo Vaz.
Por fim, o mercado de compra e venda de imóveis ainda levará alguns anos para se recuperar completamente, porém essas mudanças recentes contribuem para essa retomada e garantem alguns atrativos a mais para o consumidor.
Fonte: Segs
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