Comunidades quilombolas do Amapá ganham agilidade na regulamentação de suas terras
Atualmente, no Amapá, já existem 33 áreas já certificadas como Quilombos
As comunidades quilombolas do Amapá necessitam de atenção especial em relação ao seu cunho histórico e preservação, que muitas vezes vem sendo negligenciada para o bem econômico. No dia 20/8, um grupo de trabalho foi instituído com o objetivo de dar agilidade aos encaminhamentos para a regulamentação dessas terras. A estratégia foi constituída durante o seminário para Instituição da Mesa de Discussões da Regularização Fundiária das Terras Quilombolas no Estado do Amapá, organizado pela Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes do Estado (Seafro) mais o Incra.
Este evento levantou a discussão para os principais problemas enfrentados pelas comunidades quilombolas, como a intervenção das cidades nas áreas protegidas e a intolerância religiosa.
A comunidade do Curiaú, a 14km do centro de Macapá, é bem marcada por esses problemas; lá é possível identificarmos os problemas de intolerância e invasão com facilidade, por conta da forte cultura dentro do local. As seis comunidades que se dividem pela área compartilham além do espaço suas culturas. A religiosidade é questionada por conta dos costumes da população local, como o uso de ervas, cantos e da crença na cura espiritual.
Atualmente, no Amapá, existem 33 áreas já certificadas como áreas de Quilombos, mas, em contrapartida, ainda existem 158 áreas identificadas pelo Incra e pela Secretaria de Meio Ambiente passíveis de serem reconhecidas como tal.
É um trabalho letárgico, mas que traz resultados duradouros. Além da preservação cultural, busca-se o respeito para com estas comunidades. Não é difícil encontrar dentro do Curiaú (como fora anteriormente citado, por exemplo, os balneários, sempre lotados com a população que não reside na área) relatos de alguns moradores que nunca entraram no rio. Sobre a religião, outros dizem que são católicos, protestantes e adeptos de outras religiões abertamente, mas mesmo assim ainda precisam enfrentar o preconceito em relação às suas crenças culturais, precisam lidar de tal forma a conciliar as duas coisas.
Fonte: Jornal do Dia
Em 22.8.2015
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