Incra conclui RTID de comunidade quilombola em Santarém/PA
O território com área de 4.271 hectares vai beneficiar 86 famílias da comunidade remanescente de quilombo Tiningu
O Incra entregou o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) da comunidade remanescente de quilombo Tiningu, localizada no município de Santarém (PA). O documento foi repassado aos comunitários em solenidade ocorrida na sede do Sindicato dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais de Santarém.
O ato, que ocorreu no dia 29/5, foi acompanhado pela presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón, por diretores nacionais da autarquia e pelo superintendente do órgão no Oeste do Pará, Luiz Bacelar Guerreiro.
Como resultado da conclusão do RTID, fica delimitado em 4.271 hectares o território da comunidade remanescente de quilombo Tiningu, beneficiando 86 famílias. “Foi um trabalho muito árduo. Este documento nós dá o direito de levantar nossa bandeira e dizer que as terras são nossas”, ressaltou, emocionado, o presidente da comunidade Tiningu, Ademir de Oliveira.
A publicação do RTID ocorreu no dia 29/5, nos diários oficiais da União e do Estado do Pará. O RTID tem por objetivo identificar o território quilombola, bem como a situação fundiária da terra reivindicada pelos remanescentes das comunidades de quilombos. “É uma conjugação de esforços de diferentes profissionais. O RTID é um estudo minucioso sobre a área pleiteada. Primeiramente, é feito o relatório antropológico. Depois, vem o relatório agroambiental, elaborado por um agrônomo. É feito um mapa juntamente com o memorial descritivo. Ocorre, então, a publicação do RTID nos diários oficiais da União e do Estado”, explica Raquel Amaral, chefe do Serviço de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra Oeste do Pará.
A comunidade
A produção da comunidade remanescente de quilombo Tiningu é baseada em atividades agropecuárias.
As principais culturas anuais são mandioca, milho e feijão. As culturas permanentes também têm papel significativo na composição da renda familiar, principalmente, o cupuaçu, a pupunha e o açaí.
Grande parte da produção é para consumo interno e o excedente é comercializado em comunidades próximas.
Fonte: Incra
Em 1.6.2015
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