Em 20/12/2016
Incra e IBGE qualificam informações cartográficas no Rio Grande do Sul
Desde 2006, as entidades unificaram suas redes de estações ativas por meio de termo de cooperação técnica, o que ampliou a capacidade de cobertura do território nacional
O mapeamento via satélite ganhou mais agilidade, precisão e economia no Rio Grande do Sul. Isso, porque no início do mês, o Incra e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) implantaram mais uma Estação Ativa de Coleta de Dados do Sistema de Navegação Global por Satélite (GNSS, na sigla em inglês). Esta é a sexta base em funcionamento e integra o banco de informações disponibilizado pelas duas entidades.
O chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra/RS, Luis Renato Jasniewicz, explica que uma estação ativa GNSS funciona como ponto de referência, cujas coordenadas foram precisamente determinadas dentro de um sistema cartográfico. Sobre este local é instalado um receptor de sinais via satélite acoplado a retransmissores das informações empregadas pelos usuários para calcular o próprio posicionamento.
Desde 2006, o Incra e o IBGE unificaram suas redes de estações ativas por meio de termo de cooperação técnica, o que ampliou a capacidade de cobertura do território nacional. Cada unidade receptora passou a operar simultaneamente na Rede Incra de Bases Comunitárias (Ribac) e na Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC), mantida pelo instituto parceiro.
O termo de cooperação incluiu a aquisição pelo Incra de conjuntos de equipamentos, cuja instalação, manutenção, monitoramento - e homologação dos dados -, estão a cargo do IBGE. Entidades regionais auxiliam o projeto assegurando espaço apropriado (alto e sem interferências), ponto de internet e fornecimento ininterrupto de energia elétrica para transmissão dos dados. Com a implantação da sexta unidade GNSS no Rio Grande do Sul, a maior parte do perímetro estadual fica a menos de 200 quilômetros de uma base, atingindo a distância preconizada para a captação dos sinais em campo.
Jasniewicz também salienta que as novas estações operam no Sistema de Posicionamento Global (GPS, de origem norte-americana), no Sistema de Navegação Global por Satélite (Glonass, desenvolvido pela Rússia), entre outros. “Esta característica amplia a constelação de satélites conectados e facilita seu emprego pelos usuários”, salienta.
Acesso facilitado
“Quanto mais perto de uma estação ativa, menor o tempo, mais simples e mais baratos os instrumentos necessários para determinar as coordenadas do próprio posicionamento. Isso facilita atividades como o georreferenciamento de imóveis rurais”, observa a engenheira cartógrafa Gilda Dias, que acompanhou a instalação da base em Passo Fundo pelo Incra/RS.
No Rio Grande do Sul, as estações ativas situam-se em Porto Alegre (na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS), Cerro Largo (Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS), Capão do Leão (Universidade Federal de Pelotas – UFPel), Santa Maria (Universidade Federal de Santa Maria – UFSM), Alegrete (Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa) e Passo Fundo (Universidade de Passo Fundo – UPF).
Os dados captados por qualquer uma das unidades ficam disponíveis aos usuários nos seguintes endereços eletrônicos: www.ribac.incra.gov.br e http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc.shtm.
Fonte: Incra
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