MP que altera limites de parques nacionais recebe críticas em audiência
A Medida Provisória nº 758/2016 altera os limites do Parque Nacional do Jamanxim e da Área de Proteção Ambiental do Tapajós, no Pará, para a construção da estrada de ferro Ferrogrão
Em audiência pública para discutir a Medida Provisória 758/2016 nesta terça-feira (4), convidados e parlamentares criticaram a proposta, que altera os limites do Parque Nacional do Jamanxim e da Área de Proteção Ambiental do Tapajós, no Pará, para a construção da Ferrogrão, estrada de ferro que será utilizada para a exportação de grãos.
Presidente da comissão mista criada para analisar a proposta, o senador Paulo Rocha (PT-PA) questionou a medida editada pelo governo federal.
- Esse tipo de debate, que envolve questão ambiental, questão de desenvolvimento e a implantação de grandes empreendimentos, tem de ser feito pelo governo com todos os interessados - reclamou.
Já o representante do Instituto Socioambiental (ISA), Ciro Campos, destacou os impactos ambientais da construção da Ferrogrão. Para ele, a obra deve aumentar ainda mais o desmatamento da Amazônia.
- Obra de infraestrutura na Amazônia causa desmatamento comprovado. Ou o governo, ou os nobres deputados e senadores exigem que ações paralelas sejam feitas para a criação dessa ferrovia, ou o que vamos ter é mais desmatamento - alertou.
Também foi discutida na audiência a ausência de uma solução, na MP, para a população que vive nas áreas próximas do Parque Nacional do Jamanxim e da Área de Proteção Ambiental do Tapajós. Para o representante da Associação de Produtores Rurais da Gleba Jamanxim, Gelson Dill, a MP precisa de alterações.
- Nós temos o conhecimento de como é aquela região. Não estamos aqui defendendo desmatadores, estamos aqui defendendo aquelas pessoas que tem direito, que estavam lá e precisam dar sustento às suas vidas – argumentou.
O relator da MP, deputado José Reinaldo, adiantou que a votação do relatório deverá ser feita até o dia 12 de abril. A MP estabelece, ainda, que após a construção da ferrovia as áreas que não forem utilizadas serão reintegradas ao parque.
Fonte: Senado
Em 4.4.2017
Notícia Anterior
Câmara dos Deputados: seminário discute legislação ambiental e desenvolvimento urbano
Próxima Notícia
AGU anula decisão que ameaçava área de proteção permanente no Ceará
Notícias por categorias
- Georreferenciamento
- Regularização fundiária
- Registro eletrônico
- Alienação fiduciária
- Legislação e Provimento
- Artigos
- Imóveis rurais e urbanos
- Imóveis públicos
- Geral
- Eventos
- Concursos
- Condomínio e Loteamento
- Jurisprudência
- INCRA
- Usucapião Extrajudicial
- SIGEF
- Institucional
- IRIB Responde
- Biblioteca
- Cursos
- IRIB Memória
- Jurisprudência Comentada
- Jurisprudência Selecionada
- IRIB em Vídeo
- Teses e Dissertações
- Opinião
- FAQ - Tecnologia e Registro
Últimas Notícias
- Incorporação imobiliária. Uma unidade. (Im)possibilidade.
- Hipoteca judiciária. Penhora. Possibilidade.
- Legalização não afasta responsabilidade pelo parcelamento irregular do solo urbano