Em 31/12/1969

Resultado consta em pesquisa realizada em todo o País, com 10.927 pessoas com idade entre 24 e 65 anos


A intenção de compra de imóveis nas regiões Norte e Nordeste do Brasil é menor que aquela verificada a nível nacional


A intenção de compra de imóveis nas regiões Norte e Nordeste do Brasil é menor que aquela verificada a nível nacional. É o que aponta pesquisa sobre Mercado Residencial Brasileiro, desenvolvida pelo Bureau de Inteligência Corporativa (Brain). Enquanto no País 35% dos entrevistados confirmam a intenção de compra, no Norte/Nordeste o percentual cai para 25%.
 
O levantamento foi realizado entre fevereiro e julho de 2018, mas abrange o que os pesquisados - 10.927 pessoas com idade entre 24 e 65 anos e renda familiar acima de R$ 2,5 mil - declararam ter feito nos 12 meses anteriores, ressaltou ontem (9) o sócio dirigente da Brain, Fábio Tadeu Araújo, durante o Fórum Imobiliário Fortaleza, no Quality Hotel Fortaleza.
 
"O que pode justificar essa diferença grande entre quem quer comprar um imóvel nos próximos meses no Norte/Nordeste e no Brasil é a forma como a população aqui está passando, no aspecto psicológico, pela crise. No sentido econômico, do dia a dia, a situação aqui não está muito pior do que em outros lugares do Brasil, mas a percepção está", avalia Araújo.
 
De acordo com a pesquisa, 6% dos entrevistados em todas as regiões do Brasil disseram ter comprado imóveis nos últimos 12 meses, sendo a maioria do tipo Residencial (88%) e Comercial (7%). Já o percentual de pessoas que declarou ter comprado imóvel nos últimos doze meses no Norte/nordeste foi levemente maior (7%), sendo os tipos Residencial (82%) e Comercial (11%) os mais demandados.
 
O tipo de imóvel residencial mais comprado nas capitais e região metropolitanas do Norte e Nordeste foram casas/sobrados (47%) e apartamentos (41%). No restante das cidades das duas regiões, os loteamentos são os mais demandados (43%), junto às casas/sobrados (40%), enquanto que a compra de apartamentos cai para 12%.
 
Nas capitais e regiões metropolitanas de todo o País, casas/sobrados (44%) e apartamentos (44%) são os tipos de imóveis mais comprados. Nas demais cidades, a procura maior é por casas/sobrados (47%) e loteamentos (29%), à frente dos apartamentos (20%).
 
Inteligência de Mercado
Localização (60%), segurança (58%) e preço (50%) foram os requisitos apontados como os que mais pesaram na decisão de compra de imóveis no Norte/Nordeste, revela ainda o levantamento. Lazer, fator normalmente priorizado nas divulgações de produtos das empresas cearenses, é o de menor importância na decisão (19%), ficando atrás somente das condições de pagamento (24%).
 
"Segurança é fundamental e eu vejo isso zero em material de comunicação (em Fortaleza). Vocês gostam de colocar ticket, salão, quadra, pet play, etc. E segurança?", questionou o sócio dirigente da Brain aos empreendedores, gestores e profissionais do ramo imobiliário, presentes ao Fórum, durante sua palestra, que tratou sobre "Inteligência de Mercado".
 
Olhar para o futuro
Outro segmento que deveria ser mais explorado por players do setor imobiliário no Ceará, orientou o especialista, são os imóveis de segunda moradia, considerando que o Estado conta com belas praias e com sol, praticamente o ano inteiro.
 
Sem esquecer de moradias para estudantes, idosos e ambientes compartilhados, como o coworking ou cozinhas compartilhadas. Com a revolução tecnológica e chegada de ferramentas, como o Uber, o estilo de viver e de morar se transformou.
 
Ainda conforme Araújo, a "maior mudança concreta" e que impactará o segmento imobiliário é o compartilhamento/redução de frotas de carros. "Isso vai diminuir nosso custo porque vai diminuir a necessidade de vaga de garagem".
 
Mudança de concepção
Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, o Fórum ocorre em um momento de "muitas incertezas" para quem empreende no setor imobiliário, propiciando uma mudança de concepção e de pensar o imóvel.
"O evento traz um otimismo, mostrando mercados que não estão sendo explorados como coliving, em que se pode compartilhar lavanderia, carros. Isso vai mudar a tipologia dos imóveis".
 
O evento é uma realização da Smartus, empresa do GRI Group, grupo que reúne as principais lideranças dos setores imobiliário e de infraestrutura, atuante em mais de 20 países.
 
Fonte: Diário do Nordeste
 


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