TJ/RO - Moradores do Aponiã (RO) recebem títulos do projeto Escritura na Mão
O projeto Escritura na Mão é um trabalho interinstitucional que nasceu na CGJ, em 2016, após a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária procurar o Poder Judiciário de Rondônia para explicar que estava com dificuldades no cumprimento das decisões judiciais de usucapião.
O projeto “Escritura na Mão” entregou 189 títulos a moradores do Aponiã, na última sexta (1º). Ao todo eram 228 títulos para serem entregues. As pessoas que não conseguiram pegar o documento, podem se dirigir ao 1º Cartório de Registro de Imóveis, localizado na Av. 7 de Setembro, 2140. A entrega de escrituras contemplou apenas as pessoas que tinham processos em tramitação na Justiça de Rondônia referentes a usucapião contra a Empresa Geral de Obras (EGO) e que tiveram acordos homologados nas audiências de conciliação, realizadas em 31 de agosto, na Escola Estadual 4 de Janeiro. Confira aqui as fotos da entrega.
Muitos moradores tinham processos que tramitavam há mais de 10 anos. “Era 2001, quando eu comecei a lutar com isso. É muita alegria, mais uma vitória”, disse o agente de portaria, Antônio Fernandes da Fonseca.
O projeto Escritura na Mão é um trabalho interinstitucional que nasceu na Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), em 2016, após a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária (Semur) procurar o Poder Judiciário de Rondônia para explicar que estava com dificuldades no cumprimento das decisões judiciais de usucapião, pois as mesmas não continham “georreferenciamento”, procedimento que descreve os limites para o endereço de lote.
O projeto começou a ganhar contornos efetivos em 2018, após a EGO aceitar fazer o georreferenciamento. “Existia uma pendência administrativa que impedia a delimitação exata do imóvel e a EGO contribuiu com essa parte para que os cartórios pudessem registrar os lotes corretamente”, explicou o advogado da empresa, Igor Sarco.
Após a realização do georreferenciamento, os órgãos públicos envolvidos puderam idealizar o formato ideal para solucionar os 980 casos que corriam na Justiça. A solução foi realizar um mutirão de audiências, nos mesmos moldes da Justiça Rápida, explicou o corregedor-geral da Justiça, desembargador José Jorge Ribeiro da Luz.
“Queríamos encerrar com rapidez e segurança jurídica, por isso propomos a conciliação. Ainda temos muito para caminhar, mas nós vamos ajudar o município de Porto Velho a conseguir regularizar os casos que estão em tramitação da Justiça”, disse o corregedor.
Todos os casos que participaram do projeto Escritura na Mão só conseguiram chegar à Justiça com a ajuda da Defensoria Pública do Estado de Rondônia (DPE-RO) porque ela atuou na assistência aos moradores. “As pessoas pagaram com valor emocional e pecuniário para realizar esse sonho e temos que destacar o trabalho conjunto dos entes envolvidos. A parceria de relações interinstitucionais podem levar nosso Estado a um lugar melhor, como foi o caso do Escritura na Mão”, disse o defensor público, Fábio Roberto.
Parceiros
Estiveram como partes e apoiadores do projeto o Tribunal de Justiça de Rondônia, por intermédio da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), iniciadora do projeto; a Defensoria Pública de Rondônia (DPE-RO), responsável pela assistência aos moradores; a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária (Semur), instituição provocadora da ação (entenda mais abaixo), e a Empresa Geral de Obras (EGO), ré dos processos, que é, até a realização do mutirão, uma das maiores litigantes em processos de usucapião nas varas cíveis da comarca de Porto Velho.
Confira história de moradores neste link
O 1º Ofício de Registro de Imóveis foi a serventia extrajudicial responsável por emitir os títulos. “É um marco na história do cartório contribuir para a realização do sonho de pessoas que lutaram tanto por seus imóveis”, disse a oficial notária interina, Caroline Braga de Almeida.
O Sesc Porto Velho cedeu espaço para a realização da cerimônia de entrega. “O título definitivo de imóveis dá cidadania para as pessoas e o Sesc está feliz em colaborar com essa ação para o Bairro Aponiã”, disse o diretor regional do Sesc Porto Velho, Osvino Juraszek.
Saiba mais em: Acordo de cooperação possibilita avanço para regularização fundiária no bairro Aponiã
Fonte: TJ/RO
Notícia Anterior
Câmara dos Deputados: seminário discute legislação ambiental e desenvolvimento urbano
Próxima Notícia
Clipping – EngePlus - Nova Veneza (SC) receberá Cartório de Registro de Imóveis
Notícias por categorias
- Georreferenciamento
- Regularização fundiária
- Registro eletrônico
- Alienação fiduciária
- Legislação e Provimento
- Artigos
- Imóveis rurais e urbanos
- Imóveis públicos
- Geral
- Eventos
- Concursos
- Condomínio e Loteamento
- Jurisprudência
- INCRA
- Usucapião Extrajudicial
- SIGEF
- Institucional
- IRIB Responde
- Biblioteca
- Cursos
- IRIB Memória
- Jurisprudência Comentada
- Jurisprudência Selecionada
- IRIB em Vídeo
- Teses e Dissertações
- Opinião
- FAQ - Tecnologia e Registro
Últimas Notícias
- Parcelamento do solo urbano. Desmembramento. Via pública – regularização. Infraestrutura urbana básica – ausência. Inviabilidade.
- Tokenização imobiliária: Mercado deve estar atento com o futuro da consulta pública da CVM para regulamentação da prestação de serviços de ativos virtuais
- CNMP regula atuação do MP em inventários com crianças, adolescentes e incapazes