Venda de imóveis no país cresce no primeiro semestre
A crise econômica que atingiu o Brasil nos últimos anos prejudicou o mercado imobiliário. Porém, no primeiro semestre de 2017, o mercado apontou os primeiros sinais de melhora
A crise econômica que atingiu o Brasil nos últimos anos prejudicou o mercado imobiliário. Porém, no primeiro semestre de 2017, o mercado apontou os primeiros sinais de melhora. Uma pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) indicou, finalmente, números positivos após um duro período de retrocesso.
De acordo com o estudo, no mês de junho, as vendas líquidas atingiram o número de 7.458 unidades. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o avanço foi de 17,8%.
Traduzindo os números, foram vendidas 41 unidades por dia. Um crescimento relevante quando comparado ao primeiro semestre de 2016, onde foram comercializadas 35 unidades por dia. “Apesar do longo período de estagnação, o restabelecimento do mercado imobiliário teve início ainda este ano. E com a redução da taxa Selic (taxa básica de juros), a previsão é de melhora daqui para a frente”, explica o sócio fundador da imobiliária TRK imóveis, Tarik Faraj.
Em outubro deste ano, a taxa Selic sofreu o nono corte consecutivo e recuou de 8,25% para 7,5% ao ano. “É o menor nível desde abril de 2013 e a previsão é que o Banco Central opere uma nova redução ainda em 2017, o que determinará o menor valor da taxa Selic da história, podendo chegar a 7%”, analisa Rafael Roda, da TRK Imóveis.
Entenda a taxa Selic e seu impacto no mercado imobiliário
Selic significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Basicamente é a taxa que serve de parâmetro para a tarifa de crédito no país e uma das principais maneiras de o Banco Central controlar a inflação. Ela representa a média de juros que o governo paga ao pegar empréstimo com os bancos. Com a Selic em queda, o momento é favorável para quem deseja investir no mercado imobiliário. “A oportunidade é boa para quem deseja lucrar com a valorização do imóvel, comprando agora, na baixa e se valendo da valorização que está começando a acontecer”, diz Tarik Faraj.
Cenário para 2018
O mercado imobiliário é uma esfera primordial para a o desenvolvimento da economia brasileira, pois gera novos empregos, receita e investimentos, o que movimenta o capital do país. Para quem quer investir, o setor imobiliário ainda é uma das melhores opções, pois além de rentável, é um investimento seguro. Porém, ele depende de alguns fatores para voltar a crescer e, apesar da melhora, é preciso analisar a taxa de desemprego, inflação e, também, o Produto Interno Bruto (PIB).
PIB
A expectativa é que, ainda em 2017, o PIB brasileiro suba 0,47%. Apesar de acanhado, o crescimento é recebido com entusiasmo, já que foram duas quedas consecutivas nos últimos dois anos. A alteração impulsiona a recuperação do mercado imobiliário, pois é uma informação que é usada para medir o desempenho da economia do país.
Redução da inflação e taxa de juros
Outra boa notícia para o mercado imobiliário é a redução da taxa de juros. A previsão para o próximo ano é de 4,12%, abaixo do previsto para 2017. “Isso impacta diretamente no poder aquisitivo do consumidor e principalmente nas taxas do financiamento imobiliário”, explica Tarik Faraj.
Taxa de desemprego
A taxa de desemprego é fator determinante para a estabilidade do mercado imobiliário, já que é a responsável por fazer a economia girar. Para o 2018, a expectativa é que haja menos pessoas desempregadas, já que, ele está atrelado ao PIB (que apontou crescimento). Com isto, o brasileiro estará apto a adquirir imóveis e a conseguir crédito.
Fonte: Exame
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